Não lembro exatamente quando te conheci, nem ao menos
quais foram nossas primeiras palavras trocadas. Mas sei exatamente quando senti
que você era diferente, eu não era ingênua, nem tinha muita fé nas pessoas, mas
você foi me levando com seu sorriso de lado, com seu olhar curioso e admirado. Do qual eu sempre quis fugir, pois seu olhar sempre
foi tão convidativo, me convidavam a tirar os pés do chão.
Reproduzo seu sorriso e seu olhar em minha mente, e mesmo agora ainda me parecem
incríveis. É passado, mas no presente,
ainda me lembro de nós dois, dos beijos, das conversas em baixo da arvore, de
como era bom acariciar seus cabelos macios...
Estou aqui numa madrugada qualquer, um
turbilhão de recordações, mesmo querendo com todas as forças que elas parem de
me invadir desse jeito, sem minha permissão. E o dia insiste em
não clarear. Tento fazer o silencio colocar as coisas em seu lugar. Então decidi
organizar esse turbilhão em palavras, algo que você provavelmente nunca irá
ler. Mas faz-me sentir bem.
Não se preocupe. Não estou morrendo por dentro. Estou bem. Acredite. Você é uma
lembrança boa, pode ter certeza. Eu sei que tivemos mais baixos do que altos,
mas mesmo assim, as coisas ruins eu apaguei da memória com o tempo. É melhor
lembrar apenas das coisas boas, pois você será uma eterna cicatriz. Eu nunca
irei te esquecer. E eu já aceitei isso.
Sinto sua falta, demais. Mas nós nunca seremos os mesmos daquele inverno
juntos. Seus abraços não vão me aquecer como
antes, por que do inverno, só sobrou o gelo entre nós dois. E já é verão, eu não
preciso mais do seu calor.
Onde você estiver, espero que esteja bem. E que não se esqueça de tomar cuidado
quando sair de moto. Ainda tenho a mania de me preocupar por você.
Por: Fernanda Regina
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